Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_about_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_facebook_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/facebook_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_latest_news_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/lastest_post_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_slider_posts_news_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/posts_slider_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_popular_news_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/popular_post_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_social_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/social_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; penci_quote_widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/quote_widget.php on line 16

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; Penci_Pinterest has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/pinterest_widget.php on line 11

Deprecated: Methods with the same name as their class will not be constructors in a future version of PHP; Penci_Pinterest_Widget has a deprecated constructor in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/pinterest_widget.php on line 120

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-content/themes/soledad/inc/widgets/about_widget.php:16) in /home1/feemer86/cbme.org.br/novo/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1794
{"id":1133,"date":"2016-12-26T13:31:01","date_gmt":"2016-12-26T13:31:01","guid":{"rendered":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/?page_id=1133"},"modified":"2017-07-03T23:36:30","modified_gmt":"2017-07-03T23:36:30","slug":"acesso-brasil","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/acesso-brasil\/","title":{"rendered":"Acesso Brasil"},"content":{"rendered":"

Em mar\u00e7o de 2017, foi publicado o artigo de Kika Bradford e Nelson Br\u00fcgger, no site da UIAA (Uni\u00e3o Internacional das Associa\u00e7\u00f5es de Alpinismo). O artigo, faz parte de uma iniciativa da Comiss\u00e3o de Acesso da UIAA, onde os representantes de diversas na\u00e7\u00f5es oferecem um panorama sobra o esporte em seu pa\u00eds e os desafios encontrados para acessar \u00e1reas de pr\u00e1tica bem como as contribui\u00e7\u00f5es da comunidade de montanha para a conserva\u00e7\u00e3o das mesmas.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

2 de mar\u00e7o, 2017<\/p>\n

UM GUIA PARA O ACESSO \u00c0 ESCALADA E TRILHAS EM PARQUES BRASILEIROS<\/strong><\/p>\n

A s\u00e9rie de publica\u00e7\u00f5es da Comiss\u00e3o de Acesso da UIAA sobre acesso, conserva\u00e7\u00e3o e cultura de escalada continua com um guia para o Brasil, cortesia de Nelson Br\u00fcgger e Kika Bradford, membros da Comiss\u00e3o de Acesso da UIAA da CBME.<\/strong><\/p>\n

O Brasil \u00e9 bem conhecido por suas festas de carnaval, praias, futebol (esque\u00e7amos a Copa do Mundo de 2014..) e doen\u00e7as transmitidas por mosquitos. Al\u00e9m disso, a Floresta Amaz\u00f4nica \u00e9 mundialmente conhecida por sua biodiversidade. O mundo n\u00e3o sabe, no entanto, que o Brasil tamb\u00e9m tem uma comunidade ativa de escalada e caminhada, muitas trilhas e \u00e1reas de escaladas, e desafios complexos no que tange acesso \u00e0s montanhas e conserva\u00e7\u00e3o. A Confedera\u00e7\u00e3o Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME) trabalha duro para negociar melhores condi\u00e7\u00f5es de acesso para escaladores e montanhistas, bem como promover a conserva\u00e7\u00e3o de \u00e1reas montanhosas nos parques que visitamos.<\/p>\n

Contexto hist\u00f3rico<\/strong><\/p>\n

O primeiro acesso fechado no Brasil remonta aos tempos coloniais, quando as autoridades portuguesas proibiram as tribos nativas de usarem os caminhos Peabir\u00fas (do Guarani). Esses caminhos v\u00e3o desde o Atl\u00e2ntico at\u00e9 a o Pac\u00edfico cruzando onde hoje se localizam o Brasil, Paraguai, Bol\u00edvia e Peru. O explorador espanhol Alv\u00e1r Nu\u00f1es Cabeza de Vaca, em 1541 (tamb\u00e9m o primeiro a “descobrir” as Cataratas do Igua\u00e7u, hoje Parque Nacional) foi o primeiro a escrever sobre essas trilhas.<\/p>\n

A comunidade urbana brasileira se voltou para a natureza com fins de lazer sob influ\u00eancias europeias no s\u00e9culo XIX. Esta mudan\u00e7a de paradigma \u00e9 vista nas descri\u00e7\u00f5es das viagens de muitos naturalistas, bem como nos passeios da fam\u00edlia real ao cume do Corcovado (a localiza\u00e7\u00e3o da est\u00e1tua do Cristo Redentor no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro).<\/p>\n

A hist\u00f3ria de escalada foi marcada por dois eventos simb\u00f3licos: a subida da cordilheira montanhosa Marumbi, no sul do estado do Paran\u00e1 em 1879, e a ic\u00f4nica escalada do Dedo de Deus, no estado do Rio de Janeiro em 1912. Estas subidas estimularam a cria\u00e7\u00e3o de clubes de montanhismo, sendo que o primeiro a ser criado foi o Centro Excursionista Brasileiro em 1919.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

O Dedo de Deus, localizado no Parque Nacional Serra dos \u00d3rg\u00e3os, foi escalado pela primeira vez em 1912 por um grupo de escaladores brasileiros. Escaladores e caminhantes compraram parte dessas terras em 1940 e doaram ao parque nacional.\u00a0Foto: Andr\u00e9 Ilha<\/em><\/p>\n

Primeiro parque nacional<\/strong><\/p>\n

Devido \u00e0 cultura, \u00e0 economia, \u00e0 falta de vis\u00e3o, entre outros, o governo brasileiro s\u00f3 veio designar o primeiro parque nacional em 1937 \u2013 o Parque Nacional de Itatiaia. Embora nesta \u00e9poca alguns cidad\u00e3os da elite urbana estivessem preocupados com a conserva\u00e7\u00e3o, as pr\u00e9-condi\u00e7\u00f5es para esta designa\u00e7\u00e3o foram a emergente industrializa\u00e7\u00e3o e as leis trabalhistas que proveram tempo livre para a classe trabalhadora, bem como a ressignifica\u00e7\u00e3o da natureza anteriormente citada. N\u00e3o foi coincid\u00eancia o Parque Nacional de Itatiaia ser praticamente equidistante dos tr\u00eas maiores centros urbanos da \u00e9poca, S\u00e3o Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro: o lazer nas montanhas era necess\u00e1rio para angariar o apoio para o Parque.<\/p>\n

Hoje em dia<\/strong><\/p>\n

Hoje, o Brasil tem 79 milh\u00f5es de hectares de \u00e1reas protegidas (n\u00e3o inclu\u00eddo terras de popula\u00e7\u00f5es tradicionais[1]), com diferentes graus de conserva\u00e7\u00e3o e acesso. A lei estabelece que os parques nacionais devem ser criados para a conserva\u00e7\u00e3o, pesquisa, recrea\u00e7\u00e3o, ecoturismo e educa\u00e7\u00e3o ambiental. Uma quantidade significativa das escaladas e caminhadas no Brasil est\u00e1 localizada dentro de \u00e1reas protegidas, o que deveria ter proporcionado uma situa\u00e7\u00e3o ideal. A realidade \u00e9, no entanto, diferente.<\/p>\n

A maioria dos parques \u00e9 o que chamamos de “parques de papel”, ou seja, eles s\u00e3o criados legalmente, mas n\u00e3o t\u00eam recursos de infraestrutura. V\u00e1rios parques t\u00eam apenas um servidor em tempo integral. Quase nenhum dos parques tem 100% de terras p\u00fablicas regularizadas (a legisla\u00e7\u00e3o brasileira afirma que os parques t\u00eam de ser 100% p\u00fablicos) e os \u00f3rg\u00e3os ambientais sofrem para conseguir recursos financeiros.<\/p>\n

Desde a d\u00e9cada de 1970, o paradigma dominante nos \u00f3rg\u00e3os ambientais defende a cultura do gerenciamento de \u201cparques fortaleza” excluindo os visitantes dos parques e declarando-os (ou seja, n\u00f3s, escaladores e caminhantes) o inimigo n \u00ba 1 da conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Alguns dos preceitos que embasam esta gest\u00e3o de \u201cparques fortaleza\u201d s\u00e3o:<\/p>\n

1. A cren\u00e7a de que os planos de manejo “enciclop\u00e9dicos”, com “teses de doutoramento\u201d como diagn\u00f3stico, s\u00e3o necess\u00e1rios para manejar os parques. Estes planos de manejo s\u00e3o documentos complexos e caros com mais de 1000 p\u00e1ginas que raramente s\u00e3o utilizados.
\n2. A (falsa) ideia de que, at\u00e9 que toda terra seja regularizada e assim tornada p\u00fablica, qualquer visita\u00e7\u00e3o deve ser proibida.
\n3. O uso indiscriminado do princ\u00edpio da precau\u00e7\u00e3o, onde todo e qualquer impacto da visita\u00e7\u00e3o \u00e9 negativo e inaceit\u00e1vel.
\n4. Em vez de analisar e gerenciar as \u00e1reas protegidas, os gestores negam o acesso devido \u00e0 aus\u00eancia de investiga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica, desempoderando outros tipos de conhecimentos, como o conhecimento de popula\u00e7\u00f5es tradicionais e a experi\u00eancia de montanhistas e escaladores.
\n5. A \u00eanfase na filosofia de “comando e controle” sobre educa\u00e7\u00e3o e investimento no engajamento da sociedade.<\/p>\n

H\u00e1 muitos exemplos de restri\u00e7\u00f5es de acesso: desde o sistema de zoneamento estabelecido em planos de manejo negando o acesso a 80-90% do parque, at\u00e9 alguns curiosos como um museu da escalada em um parque onde a escalada \u00e9 proibida e observadores de p\u00e1ssaros proibidos de usar bin\u00f3culos! Trilhas foram fechadas por mais de 25 anos no Parque Nacional de Itatiaia, sem nenhuma justificativa. Alguns bi\u00f3logos com posicionamentos extremos argumentam que o acesso a \u00e1reas naturais amea\u00e7a a biodiversidade porque os visitantes podem carregar sementes de esp\u00e9cies ex\u00f3ticas em suas roupas. Passagens em trilhas que exigem a subida de um cost\u00e3o rochoso de um metro s\u00e3o consideradas muito perigosas e podem causar ferimentos. Gestores de parques t\u00eam medo de serem processados se algu\u00e9m morrer dentro do parque e pro\u00edbem a escalada, enquanto o ato de dirigir um ve\u00edculo, que mata muito mais pessoas por ano, n\u00e3o \u00e9 questionado. Algumas pessoas argumentam que as prote\u00e7\u00f5es fixas de escalada causam um impacto extremamente negativo e, portanto, devem ser proibidas. Caminhadas, alguns dizem, causam polui\u00e7\u00e3o da \u00e1gua inaceit\u00e1vel numa \u00e1rea cercada por empresas de minera\u00e7\u00e3o. Os exemplos s\u00e3o intermin\u00e1veis.<\/p>\n

O Parque Nacional de Neblina, com 2.200.000 ha no Amazonas, onde fica o pico mais alto no Brasil (2.995m), foi fechado para os visitantes por mais de 15 anos. O ICMBio (\u00f3rg\u00e3o gestor das unidades de conserva\u00e7\u00e3o no \u00e2mbito federal) parece estar mais preocupado com os perigos que os visitantes supostamente representam para os Yanomami (a tribo ind\u00edgena que vive na \u00e1rea) do que os perigos provenientes de garimpeiros de ouro ilegais, traficantes de drogas e assim por diante. No nosso ponto de vista, o encontro cultural poderia apoiar essa comunidade tradicional atrav\u00e9s do aumento da sua visibilidade e da solidariedade para com os seus problemas e necessidades.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Parque Nacional do Pico da Neblina no Amazonas, \u00e9 local da montanha mais alta no Brasil. Foto: Nelson Br\u00fcgger<\/em><\/p>\n

Trabalhando pela mudan\u00e7a<\/strong><\/p>\n

Este quadro mostra que o Brasil enfrenta muitos desafios no acesso \u00e0s \u00e1reas protegidas. No entanto, temos trabalhado ativamente para mudar esta realidade.<\/p>\n

No in\u00edcio de 2000 diversas federa\u00e7\u00f5es de escalada e montanhismo foram criadas em todo o Brasil, o que eventualmente levou \u00e0 cria\u00e7\u00e3o da Confedera\u00e7\u00e3o Brasileira de Montanhismo e Escalada em 2004. Este movimento de uni\u00e3o provou ser um passo importante para obter uma maior credibilidade com diferentes atores da sociedade, fortalecendo nosso discurso e empoderando os escaladores e montanhistas. Ao longo desses mais de 15 anos, nos tornamos um importante ator na discuss\u00e3o de quest\u00f5es relacionadas \u00e0 visita\u00e7\u00e3o, conserva\u00e7\u00e3o e ao acesso.<\/p>\n

Em 2002, em parceria com o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, organizamos o primeiro semin\u00e1rio de escalada em terras p\u00fablicas. Em 2006 e 2012 organizamos os 1\u00ba e 2\u00ba Encontro de Parques de Montanha, reunindo gestores de unidades de conserva\u00e7\u00e3o e escaladores\/montanhistas para falar sobre regulamentos, visita\u00e7\u00e3o e perspectivas para os parques de montanha no Brasil. As federa\u00e7\u00f5es fazem parte de mais de 20 conselhos consultivos de unidades de conserva\u00e7\u00e3o em todo o Brasil, aconselhando e apoiando a gest\u00e3o desses parques em temas relacionados \u00e0 visita\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, temos participado na produ\u00e7\u00e3o ou revis\u00e3o de planos de manejo, negociando acesso e ao mesmo tempo promovendo a conserva\u00e7\u00e3o. A CBME est\u00e1 agora negociando com diferentes organiza\u00e7\u00f5es a cria\u00e7\u00e3o do movimento “Parques para Todos”, reunindo diferentes atores (organiza\u00e7\u00f5es de turismo, observadores de p\u00e1ssaros, WWF, CI e outros) para lutar por melhores condi\u00e7\u00f5es para visita\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Em 1989, escaladores e montanhistas de muitas partes do pa\u00eds foram a Minas Gerais para defender o Morro da Pedreira, uma importante \u00e1rea de escalada, agora uma \u00c1rea de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental perto do Parque Nacional da Serra do Cip\u00f3. Foto: Andr\u00e9 Ilha.<\/em><\/p>\n

Exemplos de como podemos combinar visita\u00e7\u00e3o e conserva\u00e7\u00e3o sempre foram a alma da comunidade de montanhismo. Na d\u00e9cada de 1940, montanhistas angariaram fundos e compraram uma grande \u00e1rea que mais tarde foi doada ao Parque Nacional Serra dos \u00d3rg\u00e3os. Novamente na d\u00e9cada de 1980, o engajamento ativo de montanhistas parou a completa destrui\u00e7\u00e3o do Morro da Pedreira, a \u00e1rea mais popular de escalada esportiva no pa\u00eds, colocando press\u00e3o para a cria\u00e7\u00e3o de uma unidade de conserva\u00e7\u00e3o. A cria\u00e7\u00e3o dos Monumentos Naturais dos Morros do P\u00e3o de A\u00e7\u00facar e da Urca no Rio de Janeiro e da Pedra do Ba\u00fa em S\u00e3o Paulo, destinos cl\u00e1ssicos de escalada, foi o resultado de a\u00e7\u00f5es de montanhistas e escaladores.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Acima: O MoNa P\u00e3o de A\u00e7\u00facar no Rio de Janeiro (foto: Waldecy Mathias) e, abaixo: a Pedra do Ba\u00fa em S\u00e3o Bento do Sapuca\u00ed foram criados como resultado da luta de escaladores, montanhistas e ONGs. (Foto: Eliseu Frechou)<\/em><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Em 2013 montanhistas juntamente com a Federa\u00e7\u00e3o de Esportes de Montanha do Rio de Janeiro come\u00e7aram a implementar a Trilha Transcarioca, com 180 km no cora\u00e7\u00e3o da cidade do Rio de Janeiro. Esta trilha foi idealizada por Pedro da Cunha e Menezes, que \u00e9 um forte defensor da visita\u00e7\u00e3o. Em 2015, CBME se juntou ao WWF para criar uma trilha de 3.000 km na cadeia montanhosa costeira (Serra do Mar), do estado mais austral, o Rio Grande do Sul at\u00e9 o estado do Rio de Janeiro. Um dos principais produtos dessas trilhas de longa dist\u00e2ncia \u00e9 o engajamento da sociedade civil, que tem a oportunidade de n\u00e3o apenas desfrutar a vida ao ar livre, mas tamb\u00e9m de tornar-se apoiadores dos parque e \u00e1reas naturais que visitam. A trilha Transcarioca sozinha tem cerca de 1.000 volunt\u00e1rios ativos.<\/p>\n

\"\"Bem-vindo \u00e0 Trilha Transcarioca. Esta trilha de 180 km come\u00e7a passando por tr\u00eas praias isoladas na metr\u00f3pole do Rio de Janeiro.<\/em><\/p>\n

Nossas a\u00e7\u00f5es como comunidade, desde projetos de conserva\u00e7\u00e3o locais at\u00e9 a\u00e7\u00f5es no Congresso Nacional, foram seguindo a trilha de enquadrar a visita\u00e7\u00e3o como um direito e como uma ferramenta de conserva\u00e7\u00e3o, promovendo e envolvendo a participa\u00e7\u00e3o da sociedade civil no debate e trabalho de conserva\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, tanto os brasileiros como os estrangeiros t\u00eam o direito constitucional e legal de visitar os parques, o que tem sido largamente ignorado, e a CBME tem chamado aten\u00e7\u00e3o para esta quest\u00e3o.<\/p>\n

Acreditamos firmemente que o UIAA e a CBME podem desenvolver um grande trabalho juntos a este respeito e damos boas-vindas a todos que venham visitar o nosso pa\u00eds e desfrutar de grandes experi\u00eancias ao ar livre no Brasil.<\/strong><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Escalada no Salto Ventoso, Farroupilha, que foi reaberta ap\u00f3s as negocia\u00e7\u00f5es entre a FGM, CBME e a municipalidade. Seus pared\u00f5es desafiam os escaladores a fazer o seu melhor. Foto: Odilei Medeiro.<\/em><\/p>\n

Artigo gentilmente traduzido do original em ingl\u00eas para o portugu\u00eas por Christina Ljungman. <\/strong><\/p>\n

Nota de rodap\u00e9:<\/strong>
\n[1] Popula\u00e7\u00f5es tradicionais no Brasil incluem grupos ind\u00edgenas, quilombolas, popula\u00e7\u00f5es Cai\u00e7ara; ribeirinhos das margens dos rios da Amaz\u00f4nia, entre outros. Algumas dessas terras s\u00e3o consideradas \u00e1reas protegidas pela legisla\u00e7\u00e3o brasileira, outras n\u00e3o. H\u00e1 tamb\u00e9m alguma sobreposi\u00e7\u00e3o entre parques nacionais e terras de popula\u00e7\u00f5es tradicionais. \u00c1reas protegidas sob a gest\u00e3o de ag\u00eancias ambientais s\u00e3o designadas Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o subdivididas em algumas categorias, como Parques Nacionais e Monumentos Naturais, entre outras.<\/p>\n

Imagem principal:<\/strong>
\nBloco de Carnaval \u201cS\u00f3 o cume interessa\u201d liderado pelo Centro Excursionista Guanabara, um clube de montanhismo, abrindo o carnaval 2017 no Rio de Janeiro. O Desfile perto de P\u00e3o de A\u00e7\u00facar inclui centenas de escaladores e montanhistas. Foto: Waldecy Mathias.<\/p>\n

Fonte:<\/strong> http:\/\/theuiaa.org\/mountaineering\/a-guide-to-climbing-and-mountain-hiking-access-in-brazilian-parks\/<\/em><\/a><\/p>\n

Download do artigo em PDF: artigo UIAA<\/a>.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em mar\u00e7o de 2017, foi publicado o artigo de Kika Bradford e Nelson Br\u00fcgger, no site da UIAA (Uni\u00e3o Internacional das Associa\u00e7\u00f5es de Alpinismo). O…<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"page-sidebar.php","meta":{"footnotes":""},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1133"}],"collection":[{"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/pages"}],"about":[{"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/types\/page"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1133"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1133\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":1848,"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/1133\/revisions\/1848"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/cbme.org.br\/novo\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1133"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}